sexta-feira, 29 de julho de 2011

RELIGIÕES: A FRAGMENTAÇÃO DA FÉ

Com certeza, uma grande maioria da população, senão todos os que já estudaram a história da humanidade, já ouviram falar do grande líder indiano, Mahatma Gandhi e de sua espetacular grandeza de alma.

Este foi, com certeza, um dos maiores cristãos que o mundo já testemunhou sem nunca ter sido rotulado como tal. E uma vez indagado por um missionário sobre o porquê resistia tão duramente em tornar-se um seguidor declarado de Cristo, já que citava constantemente Suas palavras nas pregações e exortações que fazia, Gandhi respondeu:

“- Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Não me tornaria um cristão porque o exemplo de vida de vocês cristãos é bem diferente do ensinado por vosso Cristo.”

Infelizmente, esta é a dura realidade e razão pela qual cresce o número de ateus declarados, a ponto até de já estarem se manifestando organizadamente através de protestos e futuras passeatas (hoje se fazem passeatas para tudo mesmo) para serem respeitados como tal e não ter que conviver com a “fé” dos outros.

Isto, com certeza, é resultado do grande desserviço prestado pelos católicos e protestantes para o Reino de Deus, fruto do antagonismo de ambas as partes que impede de viverem a Paz e o Amor tão pregados por Jesus e por cuja razão deu sua própria vida, em prol de suas convicções mesquinhas e egoístas que só fazem a verdadeira fé ser fragmentada em partículas cada vez menores.

O próprio Cristo parecia profetizar quando um dia disse: Será que o Filho do Homem quando voltar encontrará fé sobre a Terra? (Lc 18,1-8)

Sobre esta questão, é oportuna a mensagem do pastor Daniel Rocha postado e extraído do site da Uol, na qual diz:

“ - O que você pensaria de uma nação cujos irmãos lutam entre si, buscando cada um a primazia de sua família?

- O que você pensaria de um povo que professa a fé no mesmo Deus e isso, ao invés de unir, os separa?

- O que você pensaria de um povo que se trata com o amável título de “irmãos”, mas vivem desconfiados uns dos outros e muitas vezes agem como verdadeiros inimigos?

- O que você pensaria de um povo que crê na ação do Deus Espírito que veio para unir (Jo 17,21) mas que, justamente “Ele”, é o grande ponto de polêmica no meio desse povo?

- Era de se esperar que esse povo tivesse uma identidade mais ou menos clara e uniforme, que houvesse concordância em pontos importantes, que se tratassem com amor e respeito, que falassem a mesma língua... Mas, o que vemos é algo completamente diferente. Essa fina estirpe que recebeu do Senhor o título de “nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”, apresenta características tão díspares, sentimentos tão heterogêneos, disposições tão contrárias, que fico pensando se Deus não desceu do céu, e a exemplo da Torre de Babel, não veio confundir-nos até que tomássemos consciência da loucura que tomou conta da Igreja hoje.

Faço esse triste diagnóstico a partir das constatações que relaciono abaixo:

Há algo profundamente errado quando convivemos com uma classe de crentes “superiores” por terem tido uma experiência especial com Deus e uma classe de crentes “inferiores” por que não alcançaram ou não buscam esse mesmo tipo de experiência;

Há algo profundamente errado quando uns cultuam a Deus no sétimo dia da semana e lutam ardorosamente contra os que cultuam a Deus no dia seguinte;

Há algo profundamente errado quando uns batizam os seus fiéis em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas não aceitam os fiéis batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo em outra igreja, porque a outra igreja o fez de modo diferente;

Há algo profundamente errado quando participantes do mesmo Corpo tentam de todas as formas arrancar fiéis de outros grupos que também participam deste Corpo;

Há algo profundamente errado quando o germe da divisão produz a cada dia mais igrejas e que declaram ser as únicas e verdadeiras igrejas ( a esse propósito, há num bairro nobre da cidade de São Paulo uma igreja com uma bonita fachada escrito abaixo de seu nome: “Fundada em 33 d.C. na cidade de Jerusalém);

Há algo profundamente errado quando alguns crentes são tomados de um orgulho bobo de ser separado “de” e ostentam essa separação como prova de santidade, enquanto o Evangelho de Cristo nos separa “para”;

Há algo profundamente errado quando a Igreja passa a ser um fim em si mesma e o bom crente é aquele que freqüenta seus trabalhos 7 dias por semana, independentemente da ética que o domina, da sua qualidade de vida familiar e da responsabilidade social que ele tem;

Fico me perguntando: como viver a Unidade desejada por Cristo se a Ceia nos separa, se o Batismo nos separa, se aquele que veio trazer a Unidade, o Espírito Santo, nos separa?

Que Deus tenha misericórdia desse povo que poderia ser uma grande nação, um povo realmente escolhido por Ele para testemunhar das coisas do Reino”

Daniel Rocha é pastor da Igreja Metodista em Itaberaba, São Paulo e psicólogo. Seu e-mail: dadaro@uol.com.br

No mundo do rock até o próprio Dave Mustaine antes de ser resgatado por Cristo e de se tornar cristão, junto com sua troupe Megadeth, já expressava seu inconformismo com certas situações conforme descreve na música “Holy Wars” ou “Guerras Santas”
Confiram:



Por Carlos Santos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

METAL EXTREMO: DO INFERNO PARA O CÉU

Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e enquanto estava nesta situação, com sua alma desceu aos infernos ou Sheol ou Hades, como denomina as Escrituras, que é justamente o estado em  que se encontram todos os mortos que, por sua própria opção de vida terrena, estão privados eternamente da visão de Deus.

Mas, Jesus não desceu aos infernos para libertar os condenados, nem tampouco para destruir o inferno da condenação, mas para libertar os justos que lá estavam antes do advento da Salvação sacramentada por seu sacrifício na cruz.
Por seu infinito amor à humanidade e com a experiência de quem conhece de fato o que é o inferno, Jesus tenta salvar a todos até o último instante deste sofrimento eterno. Para tanto, não mede esforços para penetrar em todos os recônditos em que Satanás está convicto de que reina absoluto e assim dar a todos a oportunidade de verem novamente a Luz.
Isto acontece em todos os setores da atividade humana e na esfera da arte e mais precisamente da música rock, não é diferente.
Estamos nos dirigindo agora para o lado sombrio do rock, ao extremo do metal, ao ápice, ao horror dos horrores quando o objetivo é chocar ou causar impacto, intitulado “Black metal”.
Este gênero é caracterizado predominantemente por um som cru, pesado e agressivo e vocais guturais que, em meio a uma atmosfera sombria e encenações teatrais, vociferam toda sorte de sacrilégios, violências e outras abominações, como se aquele a quem prestam culto fosse lhes recompensar prazerosamente de alguma forma por isto.
Porém, em se deixando de lado a mensagem e a proposta para a qual foi criado por seus precursores e se considerando que é apenas mais uma expressão de arte, é inegável que esta forma diferente de se fazer rock exerce um certo fascínio e possui uma legião muito grande de admiradores. À vista disso não há  que se vislumbrar mal nenhum em se aproveitar toda esta teatralidade e entonação vocal para transmitir mensagens positivas e cristãs aos seus ouvintes. Desta forma desestigmatiza-se este instrumento como um difusor do mal utilizando-o para o bem.
Com esta linha de pensamento, inúmeras bandas se formaram em todo o mundo e através do “Unblack metal” ou “Black metal cristão” vem  transmitindo suas convicções cristãs com mensagens de vida, esperança e  fé, para total cólera do Diabo.
Dentro deste vastíssimo universo de bandas que fazem este trabalho podemos elencar: Antestor, Evroklidon, Sletchvalk, Crimson Moonlight e as nacionais Poems of Shadows e Extremo Unção.
Por falar em Poems of Shadow confiram agora um testemunho da banda e em seguida o clip "Covenant Chalice of Blood". Mas não se impressionem com seu visual e com as cenas fortes e que ninguém seja tolo de pensar que o Diabo usaria imagens aterrorizantes para conquistar alguém para si. Reflitam se clips sensuais como os da Lady Gaga, Rihana, Beyonce não produzem efeitos mais devastadores.
Na sequencia: "Cries of the Haunted" da banda holandesa Sletchevalk





quarta-feira, 13 de julho de 2011

BÍBLIA SAGRADA E A EXPLOSÃO DO METAL DE JESUS


A Bíblia sagrada, como todos sabem  é aquele conjunto de livros denominado  Sagrada Escritura e por ser inspirada por Deus, serve para ensinar, convencer, corrigir e educar segundo Sua Vontade, a fim de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer tudo o que é bom (Timóteo 3,16-17).
Na Sagrada Escritura Deus fala ao  homem à maneira dos homens, portanto, é preciso estar bem atento àquilo que os autores humanos quiseram realmente afirmar e àquilo que Deus quis de fato manifestar-nos pelas palavras deles. Para tanto, há que se levar em conta as condições em que viviam, a cultura a que estavam inseridos, os gêneros literários,  os modos de sentir, falar e narrar correntes naquela época.
Entretanto, para que se produzam todos os efeitos desejados por Deus é necessário que todas as coisas que concernem à sua interpretação estejam sujeitas, em última instância, ao juízo da Igreja, a quem foi outorgado o divino mandato de  ministério de guardar e interpretar a palavra de Deus. Isto equivale a dizer que a Sagrada Escritura, para não se tornar uma simples letra morta, deve ser lida `a luz do mesmo Espírito em que foi criada.
Todavia, é sempre necessário lembrar que a fé cristã não é uma “religião do livro”, como muitos parecem fazer dela, conferindo a Sagrada Escritura  pseudos poderes de ciência, de adivinhação, premonição, medicinais,   entre outros. O cristianismo é a religião da “Palavra de Deus” da vivência do amor, do Verbo encarnado e vivo e não de um verbo escrito e mudo que só gera o antagonismo entre seus  “ditos” seguidores.
Peçamos então que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo,  nos abra o espírito à compreensão do que Ele realmente quer de nós através das Escrituras.
A Bíblia Sagrada
No mundo do rock, Bíblia Sagrada ou Holy Bible  serviu também como acrônimo para o nome de uma banda cristã finlandesa de metal sinfônico, HB, formada na cidade de Forssa no ano de 2002.  
Sua sonoridade lembra a de sua conterrânea NightWish com a diferença de que  suas letras versam sobre a espiritualidade cristã e são escritas no idioma finlandês.

Sua atual formação é:
Johanna Aaltonen - Vocal
Antti Niskala - Teclados e vocal
Sofia Ylinen - Guitarra
Kaitsu Kanervo -  Guitarra
Tuomas Kannisto - Baixo
Samuel Mäki - Kerttula – Bateria

DISCOGRAFIA
Uskon Puolesta – 2003
Enne – 2006
Frozen Inside (Versão em  inglês de Enne) – 2008
Piikki Lihassa – 2008
Pääkallonpaikka – 2010
The Jesus Metal Explosion (versão em inglês de Piikki Lihassa) - 2010
Assista aqui a uma mensagem da banda:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

STRYPER: O ATAQUE DO AMARELO E PRETO

O Stryper é uma banda norte-americana de heavy metal  formada em 1983 na Califórnia, cujas letras são baseadas no cristianismo e é considerada a pioneira do gênero "metal cristão" tendo, entretanto,  tocado ao lado de grandes bandas como Dio, White Lion e Keel, entre outras.

Um elemento característico da banda foi que todos os seus equipamentos, aparelhos e instrumentos foram pintadas em riscas amarelas e pretas. Stryper também teve outras marcas distintivas. Além de posicionar o set de bateria de Robert Sweet de lado para o público, também costumavam jogar Bíblias para a multidão nos concertos, especificamente edições do Novo Testamento com adesivos da banda.

Como um protesto contra o "666" símbolos populares entre os muitos fãs de heavy metal , Robert Sweet promoveu um símbolo alternativo numerológico, o "777" que posteriormente se tornou bastante popular entre os metaleiros cristãos. Embora o número "777" não seja referenciado pela Bíblia em oposição a "666", que é mencionado no Livro do Apocalipse como o número da besta, o número "7" ,entretanto, é tradicional na simbologia cristã associado à divina perfeição.

Em 12 de Agosto de 2006, o Stryper se apresenta pela primeira vez no Brasil, na casa de shows Via Funchal, na cidade de São Paulo.

Neste ano foi anunciado que voltariam a tocar em nossas terras no mês de julho, mas para a decepção dos fans os dois shows previstos para Belo Horizonte  e São Paulo foram cancelados.

Membros Atuais:

Michael Sweet - Vocal e Guitarra
Oz Fox - Guitarra e vocais
Robert Sweet - Bateria
Timothy Gaines - Baixo e vocais

Álbuns:

The Yellow and Black Attack -1983
Soldiers Under Command - 1985
The Yellow and Black Attack - 1986
To Hell With the Devil - 1986
In God We Trust - 1988
Against the Law - 1990
Can't Stop the Rock - 1991
Seven: The Best of Stryper - 2003
7 Weeks: Live in America -  2004
Reborn - 2005
The Roxx Regime Demos - 2007
Murder by Pride - 2009
The Covering - 2011

Videografia

Live in Japan - 1985
In the Beginning - 1989
Stryper Burning Flame Live in Japan - 1989
Stryper Expo - 2000
Stryper Expo II: West Side Story - 2001
Greatest Hits: Live in Puerto Rico - 2004
Live in Jakarta - 2010

O nome "Stryper" é referência à palavra "stripes", do verso 5 do Capítulo 53 do livro bíblico de Isaías:

"Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados."

Esta referência bíblica (Isaías 53:5) também faz parte do logotipo da banda.

No contexto do verso bíblico acima, a palavra "stripes" significa "ferida", ou seja, as marcas causadas pela flagelação que Jesus Cristo viria a sofrer.

Além deste significado, a palavra "stripes" também pode ser traduzida para o português como "listras", o que conferiu à banda o visual listrado característico de seus primeiros anos, além das listras no logotipo.

Posteriormente, o baterista Robert Sweet criou um Retroacrônimo para o nome "Stryper", ou seja, transformou a palavra STRYPER em um acrônimo (sigla):

Salvation Through Redemption, Yielding Peace, Encouragement and Righteousness.

Em português: "Salvação Através de Redenção, Trazendo Paz, Encorajamento e Retidão".

Confira agora uma apresentação ao vivo da banda em Jakarta, Indonésia, em 2010 com os hits: "To Hell With the Devil" e "Soldier Under Command":