quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ONDE ESTÁ VERDADEIRAMENTE A LIBERDADE?

Há dias em que os aviões atravessam o céu a velocidades prodigiosas, sobrevoando o mosteiro.
O ruido de seus motores assustam os passarinhos que se aninham nos ciprestes de nosso cemitério. Em frente ao convento, atravessando os campos,  há uma estrada alcotroada por onde circulam toda hora, caminhões e carros de turismo que não se interessam pelo mosteiro. Uma das principais vias férreas da Espanha também atravessa os terrenos do mosteiro.
Ouve-se dizer que tudo isso é liberdade, mas, quem meditar um pouco, verá que o mundo se engana no meio daquilo a que chama liberdade.
Onde se encontra, então, a liberdade? Encontra-se apenas no coração do homem que ama a Deus. Encontra-se no homem cuja alma não está presa nem ao espírito nem à matéria, mas apenas a Deus. Encontra-se nesta alma que não está submetida ao eu egoísta; na alma que voa por sobre seus próprios pensamentos, os seus próprios sentimentos, o seu próprio sofrer e fruir. A liberdade está nesta alma cuja única razão de existir é Deus, cuja vida é Deus e nada mais do que Deus.
O espírito humano é pequeno, é reduzido, está sujeito a mil variações, a altos e baixos, a depressões, a decepções, etc., e o corpo tem uma grande fraqueza. A liberdade está, portanto, em Deus. A alma que, passando realmente por sobre tudo isso, funda sua vida n’Ele, pode dizer-se que goza de liberdade na medida do possível para quem está ainda neste mundo.
Escrito por São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol.

Stryper - 2012 - In God We Trust - Unbelieveble Apocaliptic

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DEUS TE PROTEJE O TEMPO TODO


«Colocai nas mãos de Deus qualquer preocupação, pois é Ele que cuida de vós» (1 Pd 5,7)

O nosso muito amoroso Salvador assegura-nos em vários lugares das Suas sagradas Escrituras que tem um cuidado e uma vigilância constantes em relação a nós, que nos traz e sempre nos trará ao colo, no Seu coração e nas Suas entranhas (Is 46,3-4). E não Se contentou em dizê-lo só uma ou duas vezes, mas di-lo e repete-o cinco vezes na mesma passagem.


E noutra passagem diz-nos que mesmo que fosse possível encontrar uma mãe que se viesse a esquecer do filho que carregou nas suas entranhas, Ele nunca Se esquecerá de nós (Is 49,15-16); que nos escreveu nas mãos, para nos ter sempre diante dos olhos (Is 49,17); que quem nos fere, fere a pupila dos Seus olhos (Zc, 2,12); que não nos devemos preocupar com as coisas que são necessárias para viver e para vestir, que Ele sabe bem que precisamos de tudo isso e cuida de nós (Mt 6,31-34); que contou todos os cabelos da nossa cabeça (Mt 10,30) e que não perderemos um só (Lc 21,18); que Seu Pai nos ama como O ama a Ele, e que Ele nos ama como Seu Pai O ama (Jo 15,9; 17,26); que quer que estejamos onde Ele estiver (Jo 17,24), quer dizer, que estejamos descansando com Ele no seio e no coração de seu Pai (Jo 1,2).

São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos