quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SETEMBRO: O MÊS DA BIBLIA

Estamos no mês de setembro, o mês em que a Igreja exorta uma maior atenção à Palavra de Deus da parte dos que se dizem "fiéis".

Embora seja uma preocupação pertinente por parte da Igreja, há que se tomar muito cuidado, pois a Palavra de Deus exige uma elucidação e não deve ser lida como se fosse um livro qualquer, pois, dependendo da  interpretação que se faz, este livro inspirado por Deus para ser alimento e fundamento para nossa fé, pode também nos levar a perdição.

Temos que admitir que, depois que  a Igreja deixou de ser detentora exclusiva da Escritura Sagrada e instituiu-se  à todas as pessos a  liberdade de exame de seus ensinamentos, o que se viu foi uma quase infinita multiplicação de seitas, uma verdadeira "Babel biblica", cada qual dando uma interpretação dfierente do texto sagrado, sempre de acordo com suas conveniencias, e todas se proclamando verdadeiras.

A idéia de que cada um poderia ler a Biblia, daria automaticamente também o direito de um entendimento  diferente da Sagrada Escritura, negando-se desta maneira que haja realmente um sentido único objetivamente verdadeiro e desejado por Deus. Nega-se, desse modo, que haja "uma só fé". Deus teria feito a Bíblia como uma "Obra Aberta"; ela teria milhares de sentidos possiveis, todos possivelmente verdadeiros, mas nenhum exclusivamente verdadeiro e único.

Se pararmos para analisar, poderemos constatar que, se fosse a leitura da Bíblia necessária para a nossa salvação, não haveria salvação para os analfabetos e nem para os cegos sem os recursos do braile. Ademais, Nosso Senhor teria dito aos Apóstolos que a lessem e que ordenassem a todos sua leitura. Cristo teria ainda ordenado que se distribuissem bíblias a todos. Neste caso, Ele talvez tivesse dito: "ide e imprimi bíblias", ao invés de "ide e ensinai a todas as pessoas" (Mt 28,19).

E, porque jamais disse isto? Evidentemente os livros, mesmo os sagrados, são escritos para serem lidos. Portanto, Deus fez as Sagradas Escrituras para serem lidas. Mas, lidas por quem? Por todos?

É claro que não. Se nem todos tem competencia para enternder o que está escrito nos livros comuns, e, menos ainda nos livros especializados e científicos, muito menos ainda o terão para compreender os livros da Sagrada Escritura, que são profundíssimos. Um leitor despreparado, ou sem conhecimento conveniente,
não vai entender o texto, ou vai entendê-lo erradamente, ficando num estado pior do que o da ignorancia. Porque, pior do que não saber é saber errado.

Deus já dizia isso no livro dos Proverbios: "Assim como um espinheiro está na mão de um bêbado, assim está a parábola na boca do ignorante"(Prov. 26,7)

Quem teria então a missão de ler a Sagrada Escritura e explicá-la aos sábios e ao povo mais simples?

A resposta está em Mt 16,13-19 e na parábola do semeador (Mt 13,10 -13) : "A vós é concedido conhecer os misterios do Reino dos Céus, mas a eles não é concedido"

Leiamos, portanto, a Bíblia, mas sempre à luz da nossa Santa Madre Igreja.

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