quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Vós Purificais O Exterior, Mas Deus Encontra-Se No Interior

Se as pessoas que procuram a Deus soubessem! Se esses sábios que buscam a Deus no conhecimento intelectual e nas vãs discussões soubessem; se os homens soubessem onde se encontra Deus! Quantas guerras se evitariam;
Quanta paz não haveria no mundo, quantas almas seriam salvas.

Insensatos  e  tolos, os que  procuram  a  Deus onde  Ele  não  está! Escutai e espantai-vos: Deus está no coração do homem, isso eu sei. Mas reparai, Deus vive no coração do homem  quando  esse  coração está desapegado de tudo o que  não  é Ele, quando  esse coração se apercebe de que Deus bate à porta (Ap 3,20) e, varrendo e limpando todas as suas salas, se dispõe a receber Aquele  que  é o único que o pode  saciar.


Que  bom  é  viver assim, com Deus no mais fundo do coração; que doçura  tão  grande vermo-nos   cheios  de Deus! Custa  pouco, não custa mesmo nada fazer tudo  o que Ele  quer, pois amamos  a  Sua vontade e até  mesmo a  dor  e  o  sofrimento se  tornam  paz,  pois sofremos por amor.
Só Deus sacia a alma e a preenche plenamente. Que venham os sábios perguntar onde está Deus: Deus encontra-Se  onde  o sábio, com toda a sua orgulhosa ciência, não consegue chegar.
São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol

Anjos do Arockalypse

terça-feira, 30 de outubro de 2012

HELLOWEEN

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente.
Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar
 A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma idéia errônea da realidade. Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.

Helloween-Lavdate Dominvm

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A SABEDORIA ESTÁ CHAMANDO

"A sabedoria chama alto nas ruas
Ouço-a elevando sua voz
Por quanto tempo você será ignorante
Amando maus caminhos

Vire-se e ouça minha advertencia
E eu porei meu Espírito em você
Vire-se e ouça minha repreensão
E eu deixarei você ouvir minhas palavras

Quando a lua se tornar sangue
Então muitos entenderão
Quando os selos se quebrarem um por um
Ouça minhas palavras, ouça o chamado da Sabedoria

Voce não ouviu quando eu chorei
E rejeitou quando eu estendi minha mão para você.
Voce afastou meus conselhos
E rejeitou minhas advertencias

Por isso vou sorrir quando seu dia chegar
E te desprezarei quando as coisas que você teme estiverem próximas
Quando seu medos vierem como tempestade
Haverá angústia e dor

Chamarão por mim, mas não responderei
Procurarei por mim, mas nada encontrarão
Desde que odiaram o conhecimento e não escolheram temer ao Senhor

Não aceitaram meu conselho e afastaram minha advertencia

Comerão do fruto de seus caminhos
E se fartarão no vinho de suas tramas
Mas, aquele que Me ouvir
Este viverá em segurança

E terá forças para enfrentar a maldição da morte
A Sabedoria está me chamando"

Wisdom Call - Sabedoria Chama, música da banda VENI DOMINE, regravada pela banda finlandesa : 7 DAYS.

sábado, 13 de outubro de 2012

A FÉ SOBRENATURAL

A fé natural é inerente ao ser humano, porém a fé sobrenatural é um dom de Deus.


Para abordar sobre este mistério, excepcionalmete,  postamos uma palestra do Pe Fabio de Melo, feita em 15 de novembro de 2011 no Santuário de Aparecida, que, além de tudo serve para mostrar que  este padre é verdadeiramente um agraciado de Deus, pois, muito mais que a  beleza física, muito explorada pela mídia com objetivos claros de deturpar sua opção de vida e sua vocação, é dotado de uma sabedoria e uma espiritualidade extraordinárias.


Se voce quiser seguir verdadeiramente  os passos de Jesus e aumentar seu conhecimento sobre a nossa fé, ouça estas ricas e maravilhosas palavras proferidas por este sacerdote  para uma platéia formada em sua maioria por jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude que se realizará no ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro.


Dedique, a partir de agora,  uma hora de sua vida para seu crescimento. Portanto, desligue-se do mundo, de tudo e de todos,  relaxe e sorva desta mensagem divina, através destas sábias palavras:


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Oração de São Francisco

Hoje, 04 de Outubro é o dia em que nos lembramos e homenageamos aquele homem que, com seu exemplo de humildade e amor à pobreza, tudo em nome do Evangelho e da causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, ficou marcado pelo resto da eternidade de forma positiva, ao contrário daqueles que sempre ostentaram o amor ao poder e às riquezas, mas que, dos quais nem o pó  existe mais.

São Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas, ambições, orgulho e até a roupa que usava para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra a sociedade burguesa.

Ainda hoje, infelizmente, tem muita gente que vive em meio a ilusão das riquezas e dos prazeres carnais e todo tipo de proposta de vida fácil que o mundo apresenta. Uma vida sem qualquer desprendimento da matéria e ainda postulam galgar um lugar ao lado dos bem aventurados.

Segue abaixo outra eterna marca que nos faz lembrar da grandeza deste homem, que, mesmo preferindo viver num mundo de total ignorancia do que se tornar um letrado, a ele ainda foi atribuida, ou seja, a oração de São Francisco de Assis; que talvez dele só tenha o conteúdo pelo qual pautou sua vida.

COMO CORDEIROS PARA O MEIO DE LOBOS

Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem semeada pelo Verbo do Pai, mas que clamava por ser trabalhada, cultivada, cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus declara-lhes: «Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos».
O Bom Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; não enviou os Seus discípulos para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A solicitude do Bom Pastor faz com que os lobos não consigam atentar contra os cordeiros que Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o cordeiro pastarão juntos» (Is 65,25). Além do mais, não têm os discípulos ordem de nem sequer levarem um cajado na mão?


Portanto, aquilo que o humilde Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da humildade. Porque Ele não os enviou a semear a fé pela coacção, mas pelo ensino; não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, tendo em conta o testemunho de Pedro: «ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava» (1Pe 2,23).


O que remete para o que foi dito: «Sede Meus imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da arrogância retribuindo o mal, mas com a paciência que perdoa. Ninguém deve imitar aquilo que recebe dos outros; a mansidão atinge os insolentes de forma muito mais decisiva.»
Santo Ambrósio

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A TERRÍVEL VISÃO DE DEUS

Como podiam os seres criados contemplar a Deus? A visão de Deus é tão terrível  que o  próprio Moisés afirma que teme e treme. Com efeito, quando a glória de Deus apareceu no monte Sinai (Ex 20), a montanha fumegava e tremia de medo sob o efeito da revelação; e os animais que se aproximavam de suas encostas morriam. Os filhos de Israel prepararam-se: obedecendo a ordem de  Moisés, purificaram-se durante tres dias a fim de serem dignos de ouvir a vóz de Deus e de ver a Sua Revelação. Ora, quando chegou o momento, não conseguiram assumir a visão da Sua Luz e nem receber a força de Sua voz de trovão.

Mas, agora que Ele espalhou a sua graça pelo mundo com a Sua vinda, não foi através de um tremor de terra e nem através do fogo, nem anunciando-Se com uma vóz tonitruante que apareceu, mas, antes como o orvalho sobre o velo (Jz 6,37), como uma gota que cai docemente no solo. Foi sob outra forma que Ele veio até nós. Com efeito, cobriu a Sua grandeza com o véu da carne e fez desta um tesouro; viveu entre nós nesta carne que a sua Vontade havia formado no seio da Virgem Maria, a mãe de Deus, para que, ao vê-Lo, semelhante a nós e a viver entre nós, não ficássemos atormentados pelo medo ao contemplá-Lo.

Foi por isso que aqueles que se cobriam com as vestes nas quais o Criador apareceu, com esse corpo de que Ele se revestiu, se revestiram do próprio Cristo (Gl 3,27). Porque desejaram ter no seu homem interior (Ep 3,16) a mesma humildade com que Cristo Se revelou na Sua criação e nela viveu, como se revela agora aos Seus servos. Em lugar das vestes de honra e glórias exteriores, eles adornaram-se com esta humildade.

Por Santo Isaac,  o Sírio,  (século VII)

LOUCURA DA CRUZ

O que é tido como loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é tido como fraqueza de Deus é mais forte do que os homens (1Cor 1,25). Sim, a cruz é uma loucura e uma fraqueza, mas, só aparentemente.

A doutrina da cruz dominou os espíritos de todo o mundo por meio de pregadores ignorantes. Essa doutrina abriu uma escola onde não se tratava de questões banais, mas, de Deus e da verdadeira fé,da vida segundo o Evangelho, e do julgamento futuro. Assim, a cruz transformou em filósofos pessoas simples e iletradas. É por isso que a loucura da cruz é mais sábia do que a sabedoria dos homens.

Como é que é mais forte? Porque se propagou pelo mundo inteiro, porque submeteu os homens ao seu poder e resistiu aos inumeráveis adversários que gostariam de ver desaparecer o nome do Crucificado. Pelo contrario, esse nome desabrochou e propagou-se. Os seus inimigos pereceram, desapareceram; os vivos que combatiam um morto foram reduzidos à impotencia.

Com efeito, os filósofos, os oradores, os reis, em suma, a terra inteira não foi capaz de imginar o que os publicanos e pecadores conseguiram fazer pela graça de Deus. Era pensando nisso que o apóstolo Paulo dizia: "O que é tido como fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". De outro modo, como  teriam aqueles doze pescadores pobres e ignorantes imaginado semelhante empreendimento?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Até Quando Esperar

Irmãos, não nos deixemos ficar na indiferença e no desleixo; não adiemos sempre para amanhã ou mais tarde o momento de pormos mãos à obra. Este é o tempo favorável. É este o dia da salvação, diz o apóstolo Paulo (2Co 6,2).

Agora é o tempo da penitencia, mais tarde será o da recompensa; o presente é o tempo da perseverança, e um dia virá o da consolação. Agora, Deus vem em auxilio daqueles que se afastam do mal; mais tarde, Ele será o juiz dos atos, das palavras e dos pensamentos dos homens. Hoje, usufruimos da Sua paciencia; conhecemos a justiça dos Seus julgamentos no momento da ressurreição, quando cada um de nós receber consoante as obras realizadas.

Até quando adiaremos obedecer a Cristo, que do Seu Reino celeste nos interpela? Não desejaremos nós a purificação? Quando nos decidiremos a abandonar o tipo de vida que levamos para seguirmos o Evangelho com radicalidade?

Comentário de São Basílio.

Agora, do álbum"Neblim" a mensagem da banda Iahweh: "Eterno Deus"



Evangelho segundo São Lucas  7,31-35

Naquele tempo disse Jesus à multidão: "A quem, pois, compararei os  homens desta geração? A quem são semelhantes?

Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras dizendo: tocamos flautas para vós e não dancastes! Entoamos lamentações e não chorastes!

Veio João Batista, que não come pão e nem  bebe vinho e dizeis: está possesso do demônio!

Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizeis: Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!

Mas, a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SETEMBRO: O MÊS DA BIBLIA

Estamos no mês de setembro, o mês em que a Igreja exorta uma maior atenção à Palavra de Deus da parte dos que se dizem "fiéis".

Embora seja uma preocupação pertinente por parte da Igreja, há que se tomar muito cuidado, pois a Palavra de Deus exige uma elucidação e não deve ser lida como se fosse um livro qualquer, pois, dependendo da  interpretação que se faz, este livro inspirado por Deus para ser alimento e fundamento para nossa fé, pode também nos levar a perdição.

Temos que admitir que, depois que  a Igreja deixou de ser detentora exclusiva da Escritura Sagrada e instituiu-se  à todas as pessos a  liberdade de exame de seus ensinamentos, o que se viu foi uma quase infinita multiplicação de seitas, uma verdadeira "Babel biblica", cada qual dando uma interpretação dfierente do texto sagrado, sempre de acordo com suas conveniencias, e todas se proclamando verdadeiras.

A idéia de que cada um poderia ler a Biblia, daria automaticamente também o direito de um entendimento  diferente da Sagrada Escritura, negando-se desta maneira que haja realmente um sentido único objetivamente verdadeiro e desejado por Deus. Nega-se, desse modo, que haja "uma só fé". Deus teria feito a Bíblia como uma "Obra Aberta"; ela teria milhares de sentidos possiveis, todos possivelmente verdadeiros, mas nenhum exclusivamente verdadeiro e único.

Se pararmos para analisar, poderemos constatar que, se fosse a leitura da Bíblia necessária para a nossa salvação, não haveria salvação para os analfabetos e nem para os cegos sem os recursos do braile. Ademais, Nosso Senhor teria dito aos Apóstolos que a lessem e que ordenassem a todos sua leitura. Cristo teria ainda ordenado que se distribuissem bíblias a todos. Neste caso, Ele talvez tivesse dito: "ide e imprimi bíblias", ao invés de "ide e ensinai a todas as pessoas" (Mt 28,19).

E, porque jamais disse isto? Evidentemente os livros, mesmo os sagrados, são escritos para serem lidos. Portanto, Deus fez as Sagradas Escrituras para serem lidas. Mas, lidas por quem? Por todos?

É claro que não. Se nem todos tem competencia para enternder o que está escrito nos livros comuns, e, menos ainda nos livros especializados e científicos, muito menos ainda o terão para compreender os livros da Sagrada Escritura, que são profundíssimos. Um leitor despreparado, ou sem conhecimento conveniente,
não vai entender o texto, ou vai entendê-lo erradamente, ficando num estado pior do que o da ignorancia. Porque, pior do que não saber é saber errado.

Deus já dizia isso no livro dos Proverbios: "Assim como um espinheiro está na mão de um bêbado, assim está a parábola na boca do ignorante"(Prov. 26,7)

Quem teria então a missão de ler a Sagrada Escritura e explicá-la aos sábios e ao povo mais simples?

A resposta está em Mt 16,13-19 e na parábola do semeador (Mt 13,10 -13) : "A vós é concedido conhecer os misterios do Reino dos Céus, mas a eles não é concedido"

Leiamos, portanto, a Bíblia, mas sempre à luz da nossa Santa Madre Igreja.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A ORAÇÃO DE CRISTO

Evangelho segundo São Lucas, 6,12-19

Naquele tempo, Jesus foi para o monte fazer sua oração e passou o dia a orar a Deus.

Quando nasceu o dia, convocou os discipulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos.

Simão, a quem chamou Pedro e André, seu irmão; Thiago, João, Filipe e Bartolomeu; Matheus e Tomé. Thiago, filho de Alfeu; e Simão, chamado o Zelote.

Judas, filho de Thiago e Judas Iscariotes, o que veio a ser o traidor.

Descendo com eles deteve-se num sitio plano, juntamente com numerosos discipulos e uma numerosa multidão de toda a Judéia, de Jerusalem e do litoral de Tiro e de Sidom, que acorrera para ouvir e ser curada de seus males. Os que eram atormentados por espiritos malignos ficaram curados; e toda a multidão procura tocá-he, pois emanava dele uma força que a todos curava.

A oração de Cristo em Getsemani é o encontro da vida humana de Jesus Cristo com a vontade eterna de Deus. O filho fez-se homem para que tivesse lugar este encontro de Sua vontade humana com a do Pai.

Fez-se homem para que este encontro fosse repleto de verdade sobre a vontade humana e sobre o coração humano. Esse coração  que quer fazer desaparecer o mal, o sofrimento, a flagelação, o julgamento, a coroa de espinhos, a cruz e a morte.

Por Beato João Paulo II.

Agora esta obra prima de Mike Slammer

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FORTUNA FINAL

Ninguém afirma:  "Deus não existe" sem antes ter desejado que Ele não exista.

Esta frase do filósofo Joseph de Maistre tem muito de verdade. Com efeito o devedor solvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existencia de Deus.

Por isso, quando se dá as provas da existencia de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista.

Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão.

Em todo caso, quem já teve a oportunidade de ler as obras  de Aristoteles e São Tomás de Aquino que tratam a respeito da existencia de Deus, verá que suas provas tem tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de retidão intelectual.

A existencia de Deus e outras verdades semelhantes a respeito dele que podem ser conhecidos pela razão, como diz São Paulo em Rom 1,19, não são artigos de fé. Deste modo a fé pressupõe o conhecimento natural, assim como a graça pressupõe a natureza e a perfeição pressupõe o que é perfectível.

Entretanto, alguém que não conheça ou não  entenda a demonstração filosófica da existencia de Deus, pode aceitar a existencia Dele por meio da fé. 

Fortuna Final (Final Fortune) é a mensagem da banda Helloween para que atentemos sobre a presença sempre constante de Jesus na nossa vida:



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ORAÇÃO: O ALIMENTO PARA O ESPÍRITO

A oração é uma necessidade humana. De um jeito ou de outro ela é real, pois é o alimento de nosso espírito.

Nos momentos de depressão e pessimismo sentimos como balançamos por dentro. Mas, também, quando entramos em grande euforia, ou nos empolgamos demais com alguma coisa ou atividade, perdemos o controle e a justa medida. É assim com crianças, com adolescentes e jovens. É assim a vida toda.

Padroeiro da moral cristã, Santo Afonso sintetizou em uma frase a importancia da oração, dentro desta condição humana: " Quem reza se salva". Sugere com isso que a oração é o grande encontro de nós mesmos com Deus. Se buscarmos Nele a sua bondade, Ele  nos mostra a justa medida e  bom encaminhamento de nossa vida. Se nos sentimos fracos e pessimistas, Ele nos conforta e anima. Se nos sentimos fortes e animados, Ele nos mostra as tarefas da bondade no mundo e a alegria da pratica do bem.

Há muitos jeitos de rezar. Usamos orações prontas, gestos e cânticos. Mas, o principal mesmo, é o encontro com a bondade de Deus, que nos acolhe e direciona nossa vida. Não é importante dizer tantas coisas para Deus. Jesus disse: "Quando voces rezarem não usem muitas palavras, pensando que serão atendidos pelo palavreado" (Mt 6,7). É preciso deixar que Ele nos fale. Melhor mesmo é abrir diante dele com toda confiança, nossa vida, colocando o que precisa da Sua Palavra e presença. O Pai Nosso é a grande síntese dos conteúdos da oração que Jesus nos ensinou.

É preciso ter momentos de oração cada dia. Também quando tudo corre bem, pois nos empolgamos com as facilidades e esquecemos outras coisas importantes. Sem rezar acabamos perdendo a noção de quem realmente somos e qual o rumo de nossa vida. Pela oração encontramos força interior e os grandes sentidos que nos guiam.

A oração é tema também desta linda música da banda americana  WHITECROSS:  "I Keep Praying". E você?


terça-feira, 21 de agosto de 2012

LAICATO - A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE

Quem são os leigos e leigas na Igreja? São os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituidos no povo de Deus
e, a seu modo, feito participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem no seu âmbito, a missão de todo
o povo cristão na Igreja e no mundo.

É próprio dos leigos viver no meio do mundo e das ocupações seculares, sendo chamados por Deus  para estarem, como  o fermento na massa, atuando no meio do mundo (na família, na atividade profissional, na vida social, na política, etc.)

Os cristão leigos tem tem funções próprias e indispensáveis na missão da Igreja que derivam da própria vocação cristã.
É desejável que sua atução revele um equilibrio entre a ação pastoral e sua inserção no mundo quando fé e vida, fé e política, tendo por objetivo a transformação da sociedade, na busca de vida plena para todos.

Como fazer crescer a consciencia de que os leigos são uma força viva e que precisam assumir de maneira coerente e consequente, uma prática de vida que revele um compromisso efetivo a partir dos sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma?

Sendo maioria no conjunto dos  cristãos, do Povo de Deus, por que,  muitas vezes, os leigos não se veem como força, mas como fraqueza?

Portanto,  leigos,  com soldados a serviço do Reino, devemos nos sentir fortes, destemidos, pois estamos todos a serviço de Sua Majestade: O Rei Jesus.  É o que nos exorta a banda sueca , NARNIA  com o single: "IN HIS MAJESTY'S SERVICE"

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

HOMENAGEM AOS PAIS

No último domingo comemoramos o dia dos pais.
O pai, ao lado de nossa mãe é para ser a figura mais importante de nossa vida.
Neste dia muitos tiveram a felicidade de abraçar seus pais, enquanto  a outros só lhes restaram as lembranças dos dias em que passaram juntos e com elas, certamente as lágrimas.
Certamente, no íntimo de seus corações conversaram assim com seus pais:

"Quando eu era pequeno, voce me tomou pela mão.
Pai, voce deve saber, eu entendo.
Voce me ensinou o certo do errado, e como viver,
Voce deu o maior presente que poderia dar,
Voce nunca me decepcionou,
Voce me fez forte ..."

Deixa que agora o MANOWAR completa o resto.

Que Deus abençoe a todos os pais!


VOCAÇÃO MATRIMONIAL

O matrimonio é constituido pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento mútuo e irrevogável, mediante o qual os conjuges se doam e recebem mutuamente. A própria união do homem e da mulher e o bem dos filhos exigem a perfeita unidade dos conjuges e sua indissolúvel unidade.

A instituição do matrimonio e o amor dos conjuges, pela sua indole natural, se destinam à procriação e educação dos filhos em que culminam, como uma coroa; e os filhos são, na verdade o mais excelente dom do matrimonio e muito contribuem para a felicidade dos próprios pais.

A íntima relação de amor pela qual os conjuges já não são dois, mas uma só carne, foi estabelecido pelo Criador, instruida com suas leis e dotada com sua benção, a única que não foi abolida pelo castigo do pecado original. Este vínculo sagrado, portanto, não depende do arbítrio humano, mas do próprio autor do matrimonio, que o quis dotado de vários bens e fins.

Aqueles que se casam em Cristo, em fidelidade à Palavra de Deus, devem celebrar frutuosamente, viver honestamente e testemunhar publicamente diante de todos o mistério da união de Cristo e da Igreja.

O matrimonio desejado, preparado, celebrado e vivido na vida de cada dia, à luz da Fé,é o "que a Igreja une, a doação confirma, a benção fortalece, os anjos anunciam e o Pai ratifica".

"Vossa mãe era serva do Senhor e sempre guardava a vossa Palavra: que assim sejam todas as mães cristãs.
Vosso pai era um homem justo, porque vivia de fé e de esperança: que assim sejam todos os pais cristãos. Formando assim uma só familia, o amor do  único Pai" Gen 2,18-24 ;  Tobias 8,4b-8; Salmo 127(128) e Marcos 10,6-9.

"Acredite" -  recado da lendária banda SAVATAGE:

domingo, 12 de agosto de 2012

AGOSTO, MÊS DAS VOCAÇÕES. PRIMEIRA: "PRESBITERAL"

Todos os meses de agosto a Igreja reserva para que sejam discutidas e enaltecidas as questões relacionadas às vocações, mas, não vocações do ponto de vista profissional e sim da maneira com a qual cada um se identifica mais dentro do contexto do Reino de Deus. São três as situações apresentadas   para que cada um escolha, dentre elas, o estilo de vida que mais tem a ver  com seus anseios  e através do qual dará sua contribuição para o serviço aos irmãos e a consequente  construção do Reino de Deus.

A primeira opção é a VOCAÇÃO PRESBITERAL:

O sacerdócio, como dizia Santo agostinho,  é um serviço de amor porque é um serviço de pastor, é gastar a vida no zelo pelo rebanho que é o Povo de Deus. Assim,  quem sente no intimo do coração o chamado de Deus para seguir a vocação sacerdotal deve se preparar para o serviço de amor ao próximo no seguimento de Jesus, ou seja, na entrega da vida.

Ao afirmar o primado da evangelização, o Vaticano II propõe ao presbitero uma espiritualidade apostólica, profética e missionária, não só voltada em primeiro lugar para o culto e a vida interna da Igreja, mas para a missão no mundo e a convivencia fraterna com os leigos.

Os elementos fundamentais na maturação da vocação presbiteral podem ser resumidos em três, sendo que este funcionam como eixos da vida de quem se sente chamado: O amor à palavra de Deus, à Eucaristia e ao Reino de Deus, que exige o empenho para a construção de uma sociedade  justa e fraterna.

Estas três atribuições caracteristicas do Padre, são também tarefas da Igreja, povo de profetas (Palavra), sacerdotes (Eucaristia) e Reis/Pastores (Paixão pela justiça do Reino) devem ser plasmadas na vida e na consciencia daqueles que estão se preparando para assumir o ministerio presbiteral na Igreja.

Por D.Pedro Carlos Cipolini

Para pregar, é preciso crer, e sobre CRER, fala agora a banda  MANOWAR: I BELIEVE

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES: UM MILAGRE DESACREDITADO?

Jesus, conforme nos ensina a Igreja, é o Deus Encarnado, que veio ao mundo para saciar a nossa sede de verdade e para nos lavar de nossos pecados. Alguns hereges, porém, negam a sua divindade, afirmando que os milagres descritos nos Evangelhos seriam meras alegorias fantasiosas. Sendo assim, o episódio da multiplicação dos pães e peixes teria sido efeito da PARTILHA, de um surto de solidariedade entre a multidão. Nada de sobrenatural, portanto.
A VERDADE PROCLAMADA PELOS APÓSTOLOS E PELA IGREJA
Para os incautos que ouvem um padre ou um leigo herege, esta versão pode até convencer, pois traz um justo apelo à solidariedade. O problema é, segundo os Evangelhos e a Tradição da Igreja, não foi isso que aconteceu. E ninguém tem o direito de deturpar as Escrituras por meio de uma interpretação particular, ainda que seja com a desculpa de pregar uma lição de moral positiva.

É, no mínimo, uma incoerência tremenda alguém que se diz católico negar desavergonhadamente o milagre testemunhado pelos apóstolos e reafirmado pelo Sagrado Magistério. Além disso, quem defende a versão marxista da multiplicação dos pães e peixes precisa explicar outra grande contradição: Jesus Cristo, no dia seguinte, repreendeu o povo que foi atrás dele querendo aclamá-lo como rei:

Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos.
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nele Deus Pai imprimiu o seu sinal.
(João 6, 26-27)

Ou seja, eles buscavam Jesus pelo motivo errado: não porque haviam reconhecido como Filho de Deus pelo testemunho de seus milagres, mas porque o consideravam um líder humano competente para garantir o seu bem-estar material. Exatamente como os hereges de hoje o veem: um defensor das causas sociais, despido de divindade.

O então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, diversas vezes alertou o povo católico sobre esta heresia:

“Sem resposta para a fome da verdade, sem cura das doenças da alma ferida por causa da mentira ou, numa palavra, sem a verdade e sem Deus, o homem não se pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na sua visão do mundo como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo ele, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago.” (1)

Então, se alguém vier pro seu lado com esse papinho de “partilha” em vez de milagre da multiplicação dos pães e peixes, tenha a caridade de esclarecer o sujeito sobre o absurdo de suas afirmações, com muita paciência e amabilidade. Mas, se apesar disso, ele insistir com essa balela, pode mandar na lata, sem medo de errar: “Partilha é o escambáu! Cala a boca, seu HEREGE!!!”.

Materia extraída do blog "O Catequista".

terça-feira, 24 de julho de 2012

BEBEREIS O MEU CÁLICE


Uma vez que hoje, dia 25 de julho, celebramos a festa dum mártir, São Tiago, devemos preocupar-nos com a forma de paciência praticada por ele.

 Com efeito, se com a ajuda do Senhor nos esforçarmos por manter essa virtude, obteremos sem dúvida a palma do martírio ainda que vivamos na paz da Igreja. Porque há dois tipos de martírio: o primeiro consiste numa disposição do espírito; o segundo alia a essa disposição os atos da existência.

Por isso, podemos ser mártires mesmo sem morrermos executados pelo gládio do carrasco. Morrer às mãos dos perseguidores é o martírio em ato, na sua forma visível; suportar as injúrias amando quem nos odeia é o martírio em espírito, na sua forma oculta.

 Devemos então concluir do seu exemplo que nós próprios podemos ser mártires sem passar pela espada se conservarmos a paciência da alma.

São Gregório Magno
Evangelho segundo S. Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
 
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»

Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
 

Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e  quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»

domingo, 22 de julho de 2012

O SENHOR É NOSSO PASTOR



Evangelho segundo S. Marcos 6,30-34.



Naquele tempo, os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
 
Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer.

Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles.

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ove-lhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.


 
 

«Teve compaixão deles, pois eram como ovelhas sem pastor»

Salvar é um ato de bondade. «A misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina e reconduz, como pastor, o seu rebanho. Ele Se compadece daqueles que recebem os Seus ensinamentos, e dos que se apressam a cumprir os Seus preceitos» (Sir18,13ss).


Os sãos não têm necessidade do médico enquanto estiverem bem; os doentes, pelo contrário, recorrem à sua arte. Da mesma maneira, nesta vida, nós estamos doentes pelos nossos desejos censuráveis, pelas nossas intemperanças  e outras paixões: Nós, os doentes, temos necessidade do Salvador; extraviados, necessitamos de quem nos guie; cegos, de quem nos dê luz; sedentos, da fonte de água viva, porque «quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede» (Jo 4,14). Mortos, precisamos da vida; rebanho, do pastor; crianças, de um educador: sim, toda a humanidade tem necessidade de Jesus.
«Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça» (Ez 34,16). Tal é a promessa do bom pastor, que nos apascenta como a um rebanho, a nós que somos pequeninos.
 Mestre, dá-nos com abundância o Teu pasto, que é a justiça! Sê o nosso pastor e conduz-nos até à Tua montanha santa, até à Igreja que se eleva, que domina as nuvens, que toca os céus. «Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e me interessarei por elas» (cf Ez 34). «Eu não vim para ser servido mas para servir». É por isso que o Evangelho O mostra cansado, Ele que se afadiga por nós e que promete «dar a Sua vida para resgatar a multidão» (Jo 4,5; Mt 20,28).
São Clemente de Alexandria
O bom pastor está no salmo 22/23 e é a mensagem da banda Sindizzy:

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Templo do Deus Vivo

Evangelho segundo S. Mateus 12,1-8.

Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas.

 Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!»
Mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele?

Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda, que não lhe era permitido comer, nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes?

E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?

 Ora, Eu digo vos que aqui está quem é maior que o templo.
E, se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»

«Aqui está Quem é maior que o templo»

A respeito do sábado está escrito: «As vossas celebrações lunares, os sábados, as reuniões de culto, as festas e as solenidades são-Me insuportáveis» (Is 1,13).

Considerai esta palavra: «Não são os sábados atuais que Me agradam, mas o sábado que Eu farei quando, tendo posto fim ao universo, fizer surgir um oitavo dia que será a aurora de um mundo novo». Eis por que razão celebramos com alegria este oitavo dia em que Jesus ressuscitou dos mortos, Se manifestou e depois subiu aos céus.

A respeito do Templo, evocarei o erro desses infelizes que puseram a sua esperança no edifício, a pretexto de ser a casa de Deus, em vez de a porem no Deus que os criou.  Examinemos se ainda existe um templo para Deus. Sim, existe, e está lá, onde Ele mesmo afirma tê-lo construído e adornado. Porque está escrito : «Edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus» (Tb 14,5). Constato então que esse templo existe. Mas como construí-lo em nome do Senhor?

Escutai. Antes de termos fé, o nosso coração era uma habitação frágil e caduca, parecida com um templo construído pela mão do homem. Estava cheio de cultos a ídolos, servia de covil aos demónios, de tal forma os nossos empreendimentos iam contra os desígnios de Deus.

Mas «edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus». Vigiai para que esse templo seja construído «com magnificência». Como? Recebendo a remissão dos pecados, pondo a nossa esperança no Seu nome, tornando-nos homens novos, recriados como na origem. Então Deus habitará verdadeiramente no nosso coração, que se tornará Sua morada.

Epístola dita de Barnabé

Na sequencia uma mensagem sobre este tema de um  dos maiores nomes do rock progressivo cristão: Neal Morse: “The Temple of the Living God”


segunda-feira, 16 de julho de 2012

PORQUE TEMOS TANTO MEDO DA MORTE?

Vamos aproveitar esta data em que o mundo do rock está de luto pelo falecimento de um de seus expoentes, Jon Lord, grande tecladista do Deep Purple,  para abordar um tema inerente a todos nós seres humanos e que gera tanta angustia e pavor, quer admitamos (publicamente ou para si mesmo) ou não, que é o medo da morte. E o objetivo não é espalhar mais pânico ainda, muito pelo contrário, mas buscarmos juntos um alento quanto a esta realidade que poderá nos proporcionar subsídios para enfrentá-la com mais esperança e coragem.
“PORQUE TEMOS TANTO MEDO DA MORTE?”
Porque temos tanto medo da morte se a morte não existe? Na verdade, nossa vida não é o nosso corpo. A nossa vida é o nosso espírito, e nosso espírito é eterno, é perfeito, nunca morre.  Aquele que crê em mim, nunca morre, já afirmou Jesus.
Nada morre em nós,nem nosso espírito, nem nosso corpo. Nosso corpo é energia e se transformará em outro tipo de energia. Além disso, através de inúmeros depoimentos de pessoas que haviam morrido clinicamente e voltaram a viver, sabe-se que todos gostaram  da nova experiência e se sentiram maravilhosamente bem na outra “dimensão”.
Na verdade, o falecimento é algo que muitas vezes causa verdadeiro pavor a muitos de  nós. Acredito mesmo, que, caso fôssemos fazer uma enquete, estaria aí um dos principais medos humanos, talvez o maior. A morte, com toda a certeza, muito nos amedronta. Ela nos acompanha vida a fora e só há um tempo no qual este medo não é tão intenso:  na juventude. Repare que nesta fase costumamos nos sentir um tanto quanto eternos e não ficamos tão preocupados com esta realidade, lembra-se?
A morte, ao contrario da ressurreição que depende da fé, é a única certeza que temos na vida. Nenhum de nós deixará de passar por ela. O convite que temos,  como cristãos, é no sentido de buscarmos um olhar novo em relação a esta realidade. A este olhar diferenciado damos o nome de FÉ. É  pela fé que sabemos de nossa eternidade. Sim, a partir do momento em que somos gerados, nós nos tornamos eternos. Nunca mais iremos  morrer. Daí, que, para os que crêem , não faz muito sentido este medo.
A morte é apenas uma passagem num túnel escuro para a vida total, a vida plena em DEUS. Esta, na verdade, é a segunda passagem física mais forte que temos na existência. A primeira, todos já passamos por ela, eis que aconteceu durante o nascimento. Imagine um bebê  no útero de sua mãe que estivesse prestes a nascer e que pudesse conversar  com você com maturidade para entender, pelo menos em parte, o que está  acontecendo com ele. Será que se indagarmos dele se quer nascer ele nos responderá que sim?  Acredito que a resposta do feto seria bem negativa.  Afinal, porque sair da barriga gostosa da mãe, da proteção do útero quentinho e gostoso, onde há fartura de comida e carinho?
Esta é a mesma coisa que acontece conosco em relação à morte. No útero materno, a criança diz que não quer nascer. No “útero “ da terra nós também dizemos que não queremos morrer. Ninguém quer fazer a passagem. Afinal, da mesma forma que o feto não sabia o que o esperava aqui do lado de fora, nós também não temos clareza do que nos acontecerá do lado de lá. O que temos certeza, pela nossa fé, é que todos ressuscitaremos,  mas, como isso se dará já faz parte das conjecturas, não é mesmo? O fato é que a gente se acostumou aqui na terra (que virou a segunda barriga da mãe) e por isto, sem saber exatamente o que tem do outro  lado  (como o bebê) a gente não quer morrer. E é aí neste ponto que o nosso medo de morrer se alimenta.
Agora, depois de refletir sobre estas duas passagens, fica mais fácil responder esta pergunta. O ser humano tem tanto medo da morte porque possui uma fé muito pequena. Se ela fosse grande esse medo desapareceria. Ter uma fé grande é ter a certeza de que iremos ressuscitar, ou seja, que já nos tornamos eternos e que nunca mais iremos acabar. Sabedores disso, porque continuar com medo da morte? Caso tivéssemos mesmo uma grande fé, poderíamos ter, mais que a tristeza da partida e da falta dos entes queridos, a celebração da passagem para outra vida. Haveria então um maior espaço nos velórios para a alegria, não é mesmo?
Eu sei que, a partir deste argumento, alguém poderá dizer: “ah, mas o que eu tenho medo na realidade é de deixar  as pessoas que  amo.” Nota-se que aí a coisa muda de figura, eis que estaremos falando do sentir falta, ter saudades e não mais do medo. E, tendo uma fé grande, teremos a certeza de que iremos reencontrar estas pessoas que a gente ama e que morreram.
Quando estivermos todos ressuscitados e vivendo na glória e na alegria de Deus, estaremos todos juntos novamente. Ou seja, a  separação que nos gera tanta saudade e tristeza (que são mais do que normais), irá um dia terminar. E, que bom que assim será, não é mesmo?
Por Fernando Cyrino
Portanto, amigos, não tenham medo de morrer, pois esta será uma experiência fascinante, mas que não significa morte, porque morte não existe
Na  seqüência  uma mensagem do grande Bob Dylan para ilustrar tudo o que foi dito:
“Death is not the end”


domingo, 8 de julho de 2012

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS

Talvez até o hábito rotineiro de nossas respostas não nos deixa perceber tamanha beleza e a grandeza da presença de Cristo no meio de nós. É bela a palavra do sacerdote a nos dizer: “O Senhor esteja convosco”, `a  qual respondemos fielmente: “Ele está no meio de nós!”
Cristo fragilizou-se inteiramente para fazer-se presente e presença. Um Deus que se fragiliza por amor é o sinal de contradição predito por Simeão no templo de Jerusalém .  Este sinal de contradição ganha sua plenitude no alto da cruz, quando Ele, por fidelidade e serviço, entrega-nos sua própria vida.
A presença de Cristo em nossa vida é coisa certa. Mas, não é uma presença qualquer. E presença carregada de amor e de misericórdia. É presença mansa e humilde daquele que nos amou até o fim. Este amar até o fim há de nos provocar a amar também, POIS , SEM AMOR NÃO HÁ PRESENÇA DE CRISTO EM NOSSA VIDA , pois Ele é o amor em plenitude. Essa verdade de nossa   confirma-se na ressurreição de Cristo, e mostra-nos que o Pai aprovou tudo que seu Filho fez e falou.
Olhemos para nós hoje. Estamos sempre na correria e preocupados com o futuro. Mesmo que a ciência e a  técnica venham nos facilitar muitas coisas e nos tragam grandes benefícios, ainda nos faltam coisas essenciais como o diálogo fraterno e sincero, a honestidade, a sinceridade. Numa palavra, falta ainda autenticidade. Ainda temos de aprender a dialogar como homem inteiro e não apenas como parte dele.
A ressurreição de Jesus nos faz vislumbrar o horizonte da grandeza  humana  com olhar penetrante e descobrir a pessoa nova surgida na ressurreição de Cristo. Em Cristo, os anseios de uma vida de plena  realização tornam-se reais. A ressurreição de Jesus revela-nos a plenitude de seu amor e o sentido de nossa vida. Jesus se faz presença em nossa vida e é nosso modelo de ser humano.
Por isso o Catecismo da Igreja Católica vem nos lembrar: “ o mistério pascal da Cruz e Ressurreição de Cristo está no centro da Boa Nova que os Apóstolos, e depois deles, a Igreja, vem anunciar ao mundo. O desígnio salvífico de Deus cumpriu-se uma vez por todas (Hb 9,26) pela morte redentora de seu Filho Jesus Cristo “ (CIC 571).
Assim, a Igreja, como sacramento do Reino nos faz compreender que a presença de Cristo é carregada de amor e misericórdia,  e que  “Ele está no meio de nós”. Ele não nos abandona, e sua  ressurreição é o centro de nossa fé e de nossa vida de Igreja. Ele quer repousar em nosso coração frágil e humano.
Por Pe Ferdinando Mancilo, C.Ss.R.
É o que diz com suas palavras uma das melhores bandas de heavy metal do Brasil:  Eterna – com o single “Jesus”.


sábado, 23 de junho de 2012

O VALOR DA FAMÍLIA

O Papa Bento XVI afirmou, em sua fala de abertura da Conferencia de Aparecida, que:
A família é “patrimônio da humanidade, ela constitui um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos e do Caribe. Ela tem sido e é escola de fé, palestra de valores humanos e cívicos, lar em que a vida humana nasce e se acolhe generosa e responsavelmente.
A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação de seus filhos”
Nessa mesma linha, o Documento de Aparecida diz:
“Acolhemos a toda a realidade do continente como um dom: a beleza e fertilidade de suas terras, a riqueza de humanidade que se expressa nas pessoas, famílias, povos e culturas do continente. Proclamamos a alegria do valor de nossas famílias na América Latina e no Caribe. (DA, 6)
É uma alegria e uma esperança a multidão de nossas crianças, os ideais de nossos jovens e o heroísmo de muitas de nossas famílias que, apesar das crescentes dificuldades, seguem  sendo fiéis ao amor.
Sabemos que as culturas dos povos do Continente oferecem valores que constituem uma resposta aos anti-valores da cultura dominante: comunitarismo, valorização da família, abertura à transcendência e solidariedade.
Constatamos que:
 - Nossas tradições culturais já não se transmitem de uma geração à outra;
- A própria família, que tem sido um dos veículos mais importantes da  transmissão da fé, é profundamente atingida por tais mudanças.
Infelizmente nossas tradições culturais coexistem em condições desiguais com a chamada cultura globalizada, que se impõe através dos meios de comunicação  de massas.
Estes meios de comunicação invadiram todos os espaços  e todas as conversas, introduzindo-se também na intimidade do lar.
Esta cultura globalizada enaltece o pluralismo cultural e religioso, prega o individualismo como característica da atual sociedade.
Este individualismo gera o relativismo ético e a crise da família.
Estas mudanças culturais dificultam a transmissão da Fé por parte da família e da sociedade; fazem com que se abandone o BEM COMUM para a busca imediatista dos desejos individuais, da sexualidade, do prazer e do poder.
Numa sociedade como a que existe em nosso continente economicamente desigual, dominada pelo individualismo,  pelo mercado e pelo lucro devemos contemplar os rostos daqueles e daquelas que sofrem e entre estes rostos, temos que ver os jovens que, por vários motivos não podem se desenvolver e constituir uma família.
Além disso, milhões de pessoas e famílias vivem na miséria e inclusive  passam fome.
A violência que atinge todo o mundo atinge também,  de várias formas, a família, onde vemos a crescente violência intra-familiar.
Texto elaborado a partir do Documento de Aparecida, de julho de 2007, idealizado por Carlos Signorelli.