segunda-feira, 5 de março de 2012

Ser Cristão ou Ser Ator?


É tão fácil se dizer cristão quanto é difícil ser cristão de verdade.

Pudera, ser cristão é uma loucura. A filosofia do cristianismo vai contra todo o nosso raciocínio lógico: quem pode imaginar um homem vivendo 3 dias dentro da barriga de um peixe, como Jonas?

Desafia a nossa inteligência: como uma mulher velha feito Sara pode conceber e dar à luz? Além disso, o cristianismo vai contra a nossa carne: jejum, abstenção de sexo, de bebida, de drogas, moderação na comida, disciplina... nada disso traz prazer para o nosso físico. E afinal, o cristianismo vai até contra a nossa alma. Quer vencer até mesmo os nossos sentimentos mais fortes como a raiva, o medo, o orgulho e a vaidade.

É engraçado como o Cristianismo é um processo inverso - quando você têm a calma certeza de que é, geralmente você não é e só quando você percebe que não é verdadeiramente cristão é quando você então começa a se tornar um. Parece loucura, um paradoxo? Assim são as coisas de Deus para os homens. Quanto mais a gente cresce no cristianismo, mais a gente se torna pequeno em si mesmo. Quanto mais eu encontro Deus, mais perco o meu próprio eu. Agora fica mais fácil entender porque Paulo dizia " Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte" (II Cor 12:10).

O Cristianismo é como uma estrada que se prolonga sempre em frente e na qual a gente vai deixando coisas enquanto caminha ao encontro do Criador; para abraçar o Senhor temos que estar despidos das coisas deste mundo, destituídos de cargos, posses, títulos e honrarias humanas, vazios de orgulho, satisfação própria e vaidade. Para o encontro do Senhor não levamos nada do que construímos materialmente (e no entanto somos tão apegados a essas coisas), não levamos a nenhum daqueles que caminharam conosco (pois a salvação é individual).

 Mesmo sabendo isso, insistimos em adquirir, comprar, ter, manter, possuir. Nos agarramos aos nossos "tesouros" porque custaram muito dinheiro ou muito trabalho ou muito esforço. Nos apegamos às pessoas que amamos e quase chegamos a crer que elas nos pertencem. E fazemos tudo isso enquanto andamos ao encontro do Senhor. Não nos surpreenda então que a jornada seja longa - afinal, são tantas coisas das quais precisamos nos livrar ao longo do caminho.

Qualquer criança entende a primeira lei da física - um corpo não pode ocupar o mesmo lugar de outro no espaço. Não podemos encher algo que já está cheio. Para que possamos ser cheios da Graça de Deus é preciso que nos esvaziemos das coisas que o mundo nos oferece. O mais difícil talvez seja nos convencer de que nada daquilo que deixamos para trás durante esse processo, nos fará falta.

A certeza disso é justamente o amor a Deus sobre todas as coisas.

A prática disso é o Cristianismo.

Que DEUS crie em nós um coração puro e reto para podermos andar junto a ele e honrarmos o nome Dele.
Por Phoenix Finardi Martins

Don’t want to be a actor (Não quero ser um ator) é a música em forma de oração da banda sueca de Prog Metal “Majestic Vanguard”:

“Eu imagino e busco
Quem é o homem que eu demonstro ser,
Em minha casa ou na Igreja
Ajude-me eu quero saber

Será que há uma diferença
Que depende de onde eu estou

O que eu faço fará sentido?
Vou mostrar-lhes que eu posso
Eu não quero usar uma máscara religiosa
Prepara-me para realizar sua tarefa

Eu não quero ser um ator
O que eu quero é ser real
Eu não quero ser um ator
Limpa meu coração para que eu possa sentir
Sua presença

Eu serei o que eles querem que eu seja
Eu faço as coisas que eu sempre fiz
Mas, agora eu serei livre
Mande-me, eu quero ir"


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