segunda-feira, 16 de julho de 2012

PORQUE TEMOS TANTO MEDO DA MORTE?

Vamos aproveitar esta data em que o mundo do rock está de luto pelo falecimento de um de seus expoentes, Jon Lord, grande tecladista do Deep Purple,  para abordar um tema inerente a todos nós seres humanos e que gera tanta angustia e pavor, quer admitamos (publicamente ou para si mesmo) ou não, que é o medo da morte. E o objetivo não é espalhar mais pânico ainda, muito pelo contrário, mas buscarmos juntos um alento quanto a esta realidade que poderá nos proporcionar subsídios para enfrentá-la com mais esperança e coragem.
“PORQUE TEMOS TANTO MEDO DA MORTE?”
Porque temos tanto medo da morte se a morte não existe? Na verdade, nossa vida não é o nosso corpo. A nossa vida é o nosso espírito, e nosso espírito é eterno, é perfeito, nunca morre.  Aquele que crê em mim, nunca morre, já afirmou Jesus.
Nada morre em nós,nem nosso espírito, nem nosso corpo. Nosso corpo é energia e se transformará em outro tipo de energia. Além disso, através de inúmeros depoimentos de pessoas que haviam morrido clinicamente e voltaram a viver, sabe-se que todos gostaram  da nova experiência e se sentiram maravilhosamente bem na outra “dimensão”.
Na verdade, o falecimento é algo que muitas vezes causa verdadeiro pavor a muitos de  nós. Acredito mesmo, que, caso fôssemos fazer uma enquete, estaria aí um dos principais medos humanos, talvez o maior. A morte, com toda a certeza, muito nos amedronta. Ela nos acompanha vida a fora e só há um tempo no qual este medo não é tão intenso:  na juventude. Repare que nesta fase costumamos nos sentir um tanto quanto eternos e não ficamos tão preocupados com esta realidade, lembra-se?
A morte, ao contrario da ressurreição que depende da fé, é a única certeza que temos na vida. Nenhum de nós deixará de passar por ela. O convite que temos,  como cristãos, é no sentido de buscarmos um olhar novo em relação a esta realidade. A este olhar diferenciado damos o nome de FÉ. É  pela fé que sabemos de nossa eternidade. Sim, a partir do momento em que somos gerados, nós nos tornamos eternos. Nunca mais iremos  morrer. Daí, que, para os que crêem , não faz muito sentido este medo.
A morte é apenas uma passagem num túnel escuro para a vida total, a vida plena em DEUS. Esta, na verdade, é a segunda passagem física mais forte que temos na existência. A primeira, todos já passamos por ela, eis que aconteceu durante o nascimento. Imagine um bebê  no útero de sua mãe que estivesse prestes a nascer e que pudesse conversar  com você com maturidade para entender, pelo menos em parte, o que está  acontecendo com ele. Será que se indagarmos dele se quer nascer ele nos responderá que sim?  Acredito que a resposta do feto seria bem negativa.  Afinal, porque sair da barriga gostosa da mãe, da proteção do útero quentinho e gostoso, onde há fartura de comida e carinho?
Esta é a mesma coisa que acontece conosco em relação à morte. No útero materno, a criança diz que não quer nascer. No “útero “ da terra nós também dizemos que não queremos morrer. Ninguém quer fazer a passagem. Afinal, da mesma forma que o feto não sabia o que o esperava aqui do lado de fora, nós também não temos clareza do que nos acontecerá do lado de lá. O que temos certeza, pela nossa fé, é que todos ressuscitaremos,  mas, como isso se dará já faz parte das conjecturas, não é mesmo? O fato é que a gente se acostumou aqui na terra (que virou a segunda barriga da mãe) e por isto, sem saber exatamente o que tem do outro  lado  (como o bebê) a gente não quer morrer. E é aí neste ponto que o nosso medo de morrer se alimenta.
Agora, depois de refletir sobre estas duas passagens, fica mais fácil responder esta pergunta. O ser humano tem tanto medo da morte porque possui uma fé muito pequena. Se ela fosse grande esse medo desapareceria. Ter uma fé grande é ter a certeza de que iremos ressuscitar, ou seja, que já nos tornamos eternos e que nunca mais iremos acabar. Sabedores disso, porque continuar com medo da morte? Caso tivéssemos mesmo uma grande fé, poderíamos ter, mais que a tristeza da partida e da falta dos entes queridos, a celebração da passagem para outra vida. Haveria então um maior espaço nos velórios para a alegria, não é mesmo?
Eu sei que, a partir deste argumento, alguém poderá dizer: “ah, mas o que eu tenho medo na realidade é de deixar  as pessoas que  amo.” Nota-se que aí a coisa muda de figura, eis que estaremos falando do sentir falta, ter saudades e não mais do medo. E, tendo uma fé grande, teremos a certeza de que iremos reencontrar estas pessoas que a gente ama e que morreram.
Quando estivermos todos ressuscitados e vivendo na glória e na alegria de Deus, estaremos todos juntos novamente. Ou seja, a  separação que nos gera tanta saudade e tristeza (que são mais do que normais), irá um dia terminar. E, que bom que assim será, não é mesmo?
Por Fernando Cyrino
Portanto, amigos, não tenham medo de morrer, pois esta será uma experiência fascinante, mas que não significa morte, porque morte não existe
Na  seqüência  uma mensagem do grande Bob Dylan para ilustrar tudo o que foi dito:
“Death is not the end”


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