Segunda-feira, dia 14 de Maio de 2012
Evangelho
segundo S. João 15,9-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei
no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor.
Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa.
É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei- -vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai.
Não fostes vós que me escolhes-tes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá.
É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.»
Comentário feito por :
São João Crisóstomo (c.345-407), doutor da Igreja
São Matias, testemunha da Ressurreição,
escolhido por Deus
«Naqueles dias, levantando-se Pedro no
meio dos discípulos» (Act 1,15ss.), Pedro, a quem Cristo tinha confiado o
rebanho, movido pelo fervor do seu zelo e dado que era o primeiro dentro do
grupo, foi o primeiro a tomar a palavra [e] «disse: Irmãos, é necessário escolher
de entre os homens que andaram conosco».
Reparai como se empenha em que tenham sido testemunhas oculares; embora o
Espírito Santo houvesse de vir depois sobre eles, dá a isso grande importância.
«De entre os homens que andaram conosco, todo o tempo que o Senhor Jesus passou
no meio de nós». Refere-se àqueles que viveram com Jesus e não aos que eram
apenas discípulos. De fato, eram muitos os que O seguiam desde o princípio «até ao dia em que nos foi levado para o
alto; é necessário, pois, que um deles se torne conosco testemunha da Sua
Ressurreição».
Não disse: testemunha de tudo o mais; mas só: «testemunha da Ressurreição». Na verdade, seria mais digno de fé quem pudesse testemunhar: Aquele que vimos comer e beber e que foi crucificado, foi Esse que ressuscitou. Não interessava ser testemunha do tempo anterior nem do seguinte, nem dos milagres, mas simplesmente da Ressurreição. Porque todos os outros fatos eram manifestos e públicos; só a Ressurreição se tinha realizado secretamente e só eles a conheciam
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